Categoria: Espiritualidade

PASSAR do medo à confiança: DOMINGO DA ASCENSÃO

Palavra do Evangelho

Conclusão do santo Evangelho segundo São Mateus
Naquele tempo, os Onze discípulos partiram para a Galileia, em direcção ao monte que Jesus lhes indicara. Quando O viram, adoraram-n’O; mas alguns ainda duvidaram. Jesus aproximou-Se e disse-lhes: «Todo o poder Me foi dado no Céu e na terra. Ide e ensinai todas as nações, baptizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-as a cumprir tudo o que vos mandei. Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos». (Mt 28, 16-20)

Noticia

Após 50 dias, profissional de saúde abraça a filha

Esta imagem emocionante mostra o momento em que uma assistente social Norfolk, Reino Unido, encontra-se com a sua filha de sete anos – pela primeira vez em quase sete semanas. A pequena Ruby Cave normalmente vive a tempo inteiro com a mãe, Lisa Cave de 40 anos de idade, que trabalha como auxiliar de saúde num lar de pessoas portadoras de deficiência. Ruby sofre de asma grave e problemas respiratórios e, devido à natureza do trabalho de Lisa, a mãe acabou por enviar Ruby para junto do pai.1

Interpelação

«Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos». Esta é a última frase do Evangelho de São Mateus. Que forte! Como é provocadora esta afirmação de Jesus e ao mesmo tempo tão consoladora. Por um lado, garante que estará sempre no meio de cada um de nós e por outro obriga-nos a redobrar a nossa atenção para o reconhecermos…

O maior desafio da minha vida será encontrar Jesus em todos os momentos… nas consolações e nas desolações,… especialmente, nas desolações. Quando parece que nada faz sentido e quando a frase que mais me vem à cabeça é: “não sinto nada…”, não posso esquecer que a verdadeira Fé não vive apenas das sensações táteis,…vive também de ações, das minhas ações… É preciso ir mais a fundo… e questionar-me se estou a fazer o que Jesus me mandou, se estou a fazer a Sua Vontade, e acreditar que nas consolações e nas desolações Ele está sempre à minha espera, pacientemente… para que, à semelhança da mãe desta notícia, me possa abraçar ternamente.

  • E eu? Acredito que Jesus me acompanha em especial nos momentos mais difíceis?
  • O que é que sinto que Jesus me pede? O que é que sou chamado a fazer?
  • Já parei hoje para dar conta da presença de Jesus junto de mim?

Desafio

Hoje, procura parar durante 15 minutos do teu dia para simplesmente estar na presença de Jesus. Não é preciso dizer nada, nem fazer absolutamente nada. Confia no Espírito e procura fazer silêncio interior, escutando o teu coração. É só preciso estar e fazer companhia a Jesus. Ele espera-te.

1 https://www.msn.com/pt-br/noticias/watch/ap%c3%b3s-50-dias-profissional-de-sa%c3%bade-abra%c3%a7a-a-filha/vp-BB14i8z1

PASSAR do medo à confiança: 6º DOMINGO DA PÁSCOA

Palavra do Evangelho

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Se Me amardes, guardareis os meus mandamentos. E Eu pedirei ao Pai, que vos dará outro Paráclito, para estar sempre convosco: Ele é o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não O vê nem O conhece, mas que vós conheceis, porque habita convosco e está em vós. Não vos deixarei órfãos: voltarei para junto de vós. Daqui a pouco o mundo já não Me verá, mas vós ver-Me-eis, porque Eu vivo e vós vivereis. Nesse dia reconhecereis que Eu estou no Pai e que vós estais em Mim e Eu em vós. Se alguém aceita os meus mandamentos e os cumpre, esse realmente Me ama. E quem Me ama será amado por meu Pai e Eu amá-lo-ei e manifestar-Me-ei a ele». (Jo 14,15-21)

Noticia

Porta Solidária: “Senti que devia ajudar. Estas pessoas precisam”

A associação “Porta Solidária”, ligada à Paróquia da Senhora da Conceição no Porto, distribui 350 refeições por dia e muitos dos seus voluntários são pessoas ou que ficaram sem emprego ou que se encontram em lay-off.1

Interpelação

Se Me ama(i)s… esta é uma exigência de amor, do Amor!
Sou chamado(a), como cristão, a trazer o céu à terra!
Sou chamado(a), como cristão, a que a minha vida seja presença, dom de Deus para todos!
Jesus diz-me: Se Me amas vivo em ti e, através de ti, desejo que sejas rosto da Minha ternura para todos!

No meio desta pandemia, de todos os medos de contágio, incertezas e dificuldades em que vivemos, alguns ousam arriscar por amor e ser presença efetiva e afetiva da ternura e bondade de Jesus … Nenhum de nós é tão pobre que não tenha nada para partilhar…

-Vim perguntar se precisavam de ajuda.
-Voltei com medo. Mas senti que devia ajudar. Estas pessoas precisam.

E, é verdade o Amor torna-me mais ousado, mais fraterno, mais simples, mais de Deus e em Deus!

Desafio

Quem acredita no Amor, ama! E quem ama, acredita!
A fé autêntica leva ao amor e o amor leva à fé!
Quanto mais vou entrando, conhecendo, relacionando-me com o Amor, com Jesus, mais amo, mais a minha vida se diviniza tornando o Amor presente, visível, palpável aos outros à minha volta…
Podes, também tu e eu, ajudar fazendo um donativo para a “Porta Solidária” ou para outra instituição que conheças… Um euro que seja, aquilo que possas, o teu possível, que brota da generosidade do teu coração, pode ajudar tanto, mas tanto, os nossos irmãos…

1 https://www.jn.pt/local/noticias/porto/porto/porta-solidaria-senti-que-devia-ajudar-estas-pessoas-precisam-12050178.html

PASSAR do medo à confiança: 5º DOMINGO DA PÁSCOA

Palavra do Evangelho

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos. Não se perturbe o vosso coração. Se acreditais em Deus, acreditai também em Mim. Em casa de meu Pai há muitas moradas; se assim não fosse, Eu vos teria dito que vou preparar-vos um lugar? Quando Eu for preparar-vos um lugar, virei novamente para vos levar comigo, para que, onde Eu estou, estejais vós também. Para onde Eu vou, conheceis o caminho». Disse-Lhe Tomé: «Senhor, não sabemos para onde vais: como podemos conhecer o caminho?». Respondeu-lhe Jesus: «Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por Mim. Se Me conhecêsseis, conheceríeis também o meu Pai. Mas desde agora já O conheceis e já O vistes». Disse-Lhes Filipe: «Senhor, mostra-nos o Pai e isto nos basta». Respondeu-Lhe Jesus: «Há tanto tempo que estou convosco e não Me conheces, Filipe? Quem Me vê, vê o Pai. Como podes tu dizer: ‘Mostra-nos o Pai’? Não acreditais que Eu estou no Pai e o Pai está em Mim? As palavras que Eu vos digo não as digo por Mim próprio; mas é o Pai, permanecendo em Mim, que faz as obras. Acreditai-me: Eu estou no Pai e o Pai está em Mim; acreditai ao menos pelas minhas obras. Em verdade, em verdade vos digo: quem acredita em Mim fará também as obras que Eu faço e fará obras ainda maiores, porque Eu vou para o Pai. (Jo 14,1-12)

Noticia

Dono não cobra aluguer de prejudicados por pandemia

Este proprietário, no Estado de Kamera One, resolveu não cobrar aluguer aos seus inquilinos no mês de abril. Tomou essa decisão porque a pandemia de Coronavirus provocou o encerramento de muitos negócios e os seus inquilinos sofreram graves problemas financeiros. ‘Eu vi que isso ia trazer problemas para eles. Eles trabalham recebendo por hora no setor de serviços, que foi o mais prejudicado. Eu tenho sorte de ter um trabalho em que posso trabalhar em casa’. E relatou a sua decisão numa rede social e pediu para que outros proprietários de imóveis seguissem o seu exemplo.1

Interpelação

No texto do Evangelho, o que salta à primeira vista é a profunda intimidade entre Jesus Cristo e o Pai, além da provocação de Jesus aos seus discípulos a participarem dessa comunhão, apontando-se a Si mesmo como o Caminho a seguir, a Verdade a pronunciar e a Vida a viver. Se assumirmos Jesus como único Caminho a trilhar, deixaremos o Espírito Santo nortear o nosso caminho e estaremos aptos a viver em íntima comunhão com a Trindade Santa e abrir-nos-emos às necessidades dos outros, aliviando as suas preocupações como fez o proprietário das residências alugadas.

  • Jesus é o Caminho que sigo, a Verdade que pronuncio e a Vida por onde pauto a minha?
  • A minha sensibilidade às necessidades do próximo torna-me capaz de me desapegar dos bens efémeros e a ser solidário com os mais necessitados?

Desafio

Olha para os teus bens, para as tuas coisas, e escolhe uma para te desapegares e dares a alguém que mais precise. Partilha o gesto que fizeste com um amigo, ou numa rede social, por ex., no Facebook ou no Instagram da Juventude Doroteia.

À noite agradece a Deus o dia que viveste e reza um Pai-Nosso.

1 https://www.msn.com/pt-br/noticias/boas-noticias/dono-não-cobra-aluguer-de-prejudicados-por-pandemia/vi-BB1 1mVVI

PASSAR do medo à confiança: 4º DOMINGO DA PÁSCOA

Palavra do Evangelho

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
«Em verdade, em verdade vos digo: quem não entra pela porta no redil das ovelhas, mas sobe por outro lado, é um ladrão e salteador. Aquele que entra pela porta é o pastor das ovelhas. A esse o porteiro abre-a e as ovelhas escutam a sua voz. E ele chama as suas ovelhas uma a uma pelos seus nomes e fá-las sair. Depois de tirar todas as que são suas, vai à frente delas, e as ovelhas seguem-no, porque reconhecem a sua voz. Mas, a um estranho, jamais o seguiriam; pelo contrário, fugiriam dele, porque não reconhecem a voz dos estranhos.» Jesus propôs-lhes esta comparação, mas eles não compreenderam o que lhes dizia. 
Então, Jesus retomou a palavra: «Em verdade, em verdade vos digo: Eu sou a porta das ovelhas. Todos os que vieram antes de mim eram ladrões e salteadores, mas as ovelhas não lhes prestaram atenção. Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim estará salvo; há-de entrar e sair e achará pastagem. O ladrão não vem senão para roubar, matar e destruir. Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância. (Jo 10,1-10)

Noticia

Médicos levam a Eucaristia para pacientes com Covid-19

Um grupo de médicos do hospital da cidade italiana de Prato deu a comunhão aos doentes internados pelo coronavírus, que desejavam receber a hóstia consagrada no dia de Páscoa. O capelão, padre Carlo Bergamaschi e o bispo Dom Giovanni Nerbini, concordaram com o gesto.

O médico FilippoRisaliti conta: “Como médicos somos chamados a nos ocupar de pessoas e como médicos, […] que compartilharam esta bela experiência, partilhamos esta sensibilidade em ver os nossos pacientes não apenas como corpos para curar, mas como pessoas com almas, pessoas com espírito e corpo”. “Como médicos, entendemos o quanto seja importante a nossa presença e mediação para os doentes da Covid. Além do conhecimento dos protocolos … conta o momento de relação com o paciente. Relação entre homens e relação dos homens com Deus…”1

Interpelação

No nosso mundo, muitas vezes o que conta são as estatísticas. Jesus diz ser o Pastor que chama cada ovelha pelo seu nome e elas reconhecem a Sua voz. Reconhecem-na porque existe, previamente,um contacto individual, um conhecimento interno, uma relação, uma adesão, um permanecer no coração…Para Jesus, não somos um número… Ele ama-nos pessoalmente, e faz com que cada um se sinta único, especial, o “tudo” para Ele. Esta relação de amor transfigura-nos e torna-nos capazes de olhar a realidade com o coração e perscrutar com ternura as necessidades do próximo. Os médicos italianos são um grande exemplo para nós:”os nossos pacientes não são apenas corpos para curar, mas pessoas com almas”.

  • Estou disponível para aceitar que Deus chegue aos outros através de mim, usando as minhas mãos, os meus pés, o meu coração, os meus olhos…?
  • Deus-AMOR tem um plano maravilhoso para o mundo: que o Seu Reino esteja entre nós.
    No meu dia a dia, as minhas obras geram essa vida nova?

Desafio

Alimentar a minha relação diária com Jesus através da oração. Deixar que ela me contagie com o “vírus” que gera uma cadeia de proximidade. Hoje vou dizer à minha mãe (ou uma mãe) que a sua vida é importante e mais duas que possam não ter uma palavra dos filhos e peço-lhes que telefonem a outras três e assim sucessivamente.

1 https://www.vaticannews.va/pt/igreja/news/2020-04/historia-medicos-eucaristia-prato.html

PASSAR do medo à confiança: 3º DOMINGO DA PÁSCOA

Palavra do Evangelho

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Dois dos discípulos de Jesus iam a caminho duma povoação chamada Emaús, que ficava a duas léguas de Jerusalém. Conversavam entre si sobre tudo o que tinha sucedido. Enquanto falavam e discutiam, Jesus aproximou-Se deles e pôs-Se com eles a caminho. Mas os seus olhos estavam impedidos de O reconhecerem. Ele perguntou-lhes: «Que palavras são essas que trocais entre vós pelo caminho?». Pararam, com ar muito triste, e um deles, chamado Cléofas, respondeu: «Tu és o único habitante de Jerusalém a ignorar o que lá se passou estes dias». E Ele perguntou: «Que foi?». Responderam-Lhe: «O que se refere a Jesus de Nazaré, profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo; e como os príncipes dos sacerdotes e os nossos chefes O entregaram para ser condenado à morte e crucificado. Nós esperávamos que fosse Ele quem havia de libertar Israel. Mas, afinal, é já o terceiro dia depois que isto aconteceu. É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos sobressaltaram: foram de madrugada ao sepulcro, não encontraram o corpo de Jesus e vieram dizer que lhes tinham aparecido uns Anjos a anunciar que Ele estava vivo. Alguns dos nossos foram ao sepulcro e encontraram tudo como as mulheres tinham dito. Mas a Ele não O viram». Então Jesus disse-lhes: «Homens sem inteligência e lentos de espírito para acreditar em tudo o que os profetas anunciaram! Não tinha o Messias de sofrer tudo isso para entrar na sua glória?». Depois, começando por Moisés e passando pelos Profetas, explicou-lhes em todas as Escrituras o que Lhe dizia respeito. Ao chegarem perto da povoação para onde iam, Jesus fez menção de ir para diante. Mas eles convenceram-n’O a ficar, dizendo: «Ficai connosco, porque o dia está a terminar e vem caindo a noite». Jesus entrou e ficou com eles. E quando Se pôs à mesa, tomou o pão, recitou a bênção, partiu-o e entregou-lho. Nesse momento abriram-se-lhes os olhos e reconheceram-n’O. Mas Ele desapareceu da sua presença. Disseram então um para o outro: «Não ardia cá dentro o nosso coração, quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?». Partiram imediatamente de regresso a Jerusalém e encontraram reunidos os Onze e os que estavam com eles, que diziam: «Na verdade, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão». E eles contaram o que tinha acontecido no caminho e como O tinham reconhecido ao partir o pão. (Lc 24, 13-35)

Noticia

Vestido de Thor, fisioterapeuta distribui marmitas grátis a camionistas no Brasil

Preocupado com o impacto do novo coronavírus na vida das pessoas, o fisioterapeuta Gabriel Grasi, de 31 anos, resolveu levantar-se do sofá e dar a sua contribuição para enfrentar a doença. Ele começou a produzir marmitas e, vestido de Thor, distribui de graça comida a camionistas em Orlândia (SP).

No dia seguinte, Gabriel decidiu vestir o traje de super-herói para chamar mais atenção na estrada. Numa das entregas, o fisioterapeuta emocionou-se, quando o motorista, de Goiás, desceu do caminhão e se ajoelhou na pista para agradecer a marmita. “Ele desceu já a chorar, aí comecei a chorar também. Ele falou que estava sem comer há três dias, desde que tinha saído de casa”, conta Gabriel.1

Interpelação

Os nossos dias mais tristes e abatidos muitas vezes são caminhadas parecidas à destes homens que seguiam em direção a Emaús. Sem darmos conta, Deus acompanha-nos e abre-nos os olhos. Isto torna-se ainda mais bonito à luz da notícia de hoje. Os camionistas brasileiros viajam durante muitas horas na estrada e acabam por passar fome numa altura em que quase todas as estações de serviço das autoestradas estão fechadas.

Muitas vezes perdemos a esperança de saciar as fomes que trazemos connosco e esquecemo-nos que a maior fome, só pode ser saciada por uma Pessoa. Apesar de me estar a referir a uma fome espiritual, nesta notícia quase podemos materializar o momento em que os discípulos reconhecem o Senhor na fração do Pão, através de Gabriel e dos seus amigos e do seu gesto de distribuição de refeições aos camionistas..

  • E eu, que fome(s) trago comigo?
    Jesus fez-se pão para nos dar o Verdeiro alimento!
  • Como vivo os momentos de desolação interior? Fujo através de distrações e de prazeres egocêntricos?
    Ou paro e vou à procura do “Pai das Consolações”, aquele que me ama e que acima de tudo me quer feliz?

Desafio

Hoje vou procurar ir ao encontro de alguém que esteja a viver comigo este tempo de quarentena e dar-lhe mais atenção, mostrar mais interesse pela sua vida, levar-lhe uma palavra de ânimo. Caso eu esteja a viver esta fase de vida sozinho procuro telefonar ou escrever a alguém de quem me tenho recordado mais ultimamente, mostrar interesse por ele, pela sua vida neste momento e ser assim a presença de Jesus.

1 https://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/2020/04/01/vestido-de-thor-fisioterapeuta-distribui-marmitas-gratis-a-caminhoneiros-na-rodovia-anhanguera.ghtml

PASSAR do medo à confiança: DOMINGO DA MISERICÓRDIA

Palavra do Evangelho

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Na tarde daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas da casa onde os discípulos se encontravam, com medo dos judeus, veio Jesus, apresentou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco». Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos ficaram cheios de alegria ao verem o Senhor. Jesus disse-lhes de novo: «A paz esteja convosco. Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós». Dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo: àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados; e àqueles a quem os retiverdes ser-lhes-ão retidos». Tomé, um dos Doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. Disseram-lhe os outros discípulos: «Vimos o Senhor». Mas ele respondeu-lhes: «Se não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, se não meter o dedo no lugar dos cravos e a mão no seu lado, não acreditarei». Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez em casa e Tomé com eles. Veio Jesus, estando as portas fechadas, apresentou-Se no meio deles e disse: «A paz esteja convosco». Depois disse a Tomé: «Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; aproxima a tua mão e mete-a no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente». Tomé respondeu-Lhe: «Meu Senhor e meu Deus!». Disse-lhe Jesus: «Porque Me viste acreditaste: felizes os que acreditam sem terem visto». Muitos outros milagres fez Jesus na presença dos seus discípulos, que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram escritos para acreditardes que Jesus é o Messias, o Filho de Deus, e para que, acreditando, tenhais a vida em seu nome. (Jo 20,19-31)

Noticia

Em tempo de pandemia, Ashley Lawrence, estudante de 21 anos, confeciona máscaras para pessoas surdas e com problemas auditivos. Esta jovem apercebeu-se que as máscaras tapam por completo a boca e grande parte dos gestos da cara, o que dificulta a expressividade e o entendimento. Diz ela que “se alguma vez viste os tradutores na televisão, provavelmente notaste que partilham muitas emoções com o seu rosto. Se se elimina esta função, é como se se eliminasse metade da mensagem”. O seu objetivo é ajudar e colaborar para que a comunicação das pessoas com os seus familiares e pessoas próximas seja mais simples.1

Uma vez que faz este serviço gratuitamente, esta jovem lançou uma campanha de crowfunding para suportar os gastos.

Interpelação

Neste domingo celebramos o dia da Misericórdia. Viver Misericórdia é sair de si e ir ao encontro de quem mais necessita.

  • A quem sinto que o Senhor me envia nesta hora?
  • Por quem estou disposto a ser criativo e dar do meu tempo, energias, etc.?

Procuro ao longo da semana ter um gesto concreto em favor de alguém.

1 https://tvi24.iol.pt/internacional/coronavirus/covid-19-estudante-cria-e-distribui-mascaras-para-surdos

PASSAR do medo à confiança: DOMINGO DE PÁSCOA

Símbolo de Santa Paula

Pelicano: “O pelicano é símbolo do amor paternal, devido à crença de que esta ave aquática é extremamente zelosa com as suas crias, alimentando-as com o seu próprio sangue e carne. A iconografia cristã fez do pelicano símbolo do sacrifício e ressurreição de Cristo.”1

Associamos o pelicano a Santa Paula porque à semelhança de Jesus também ela deu/gastou a vida pelo Instituto das Irmãs Doroteias. Podemos ler no livro das Memórias o que recordou uma irmã a seu respeito: “Se eu soubesse – disse a nossa afetuosa Fundadora com o rosto inflamado – se eu soubesse que uma das minhas Irmãs se encontrava longe do Instituto, parece-me que caminharia mesmo de joelhos para a ir buscar.” (Memórias, pág. 530.)
Estas palavras são reveladoras da dimensão do seu sacrifício pelas suas Irmãs.

Paula conhecia e apreciava o alcance profundo deste símbolo associado a Cristo, de tal modo que em 1864, ofereceu ao Papa Pio IX um pelicano feito por ela.

Domingo da Ressurreição

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi de manhãzinha, ainda escuro, ao sepulcro e viu a pedra retirada do sepulcro. Correu então e foi ter com Simão Pedro e com o discípulo predileto de Jesus e disse-lhes: «Levaram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde O puseram». Pedro partiu com o outro discípulo e foram ambos ao sepulcro. Corriam os dois juntos, mas o outro discípulo antecipou-se, correndo mais depressa do que Pedro, e chegou primeiro ao sepulcro. Debruçando-se, viu as ligaduras no chão, mas não entrou. Entretanto, chegou também Simão Pedro, que o seguira. Entrou no sepulcro e viu as ligaduras no chão e o sudário que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não com as ligaduras, mas enrolado à parte. Entrou também o outro discípulo que chegara primeiro ao sepulcro: viu e acreditou. Na verdade, ainda não tinham entendido a Escritura, segundo a qual Jesus devia ressuscitar dos mortos. (Jo 20,1-9)

Para refletir

Olhar e atitude de Maria

Madalena vai de manhã cedo, ainda escuro, ao túmulo, e vê, com um olhar normal a pedra retirada; pensa que tinham levado o corpo de Jesus e é isso que vai dizer a Simão Pedro e ao discípulo amado. Ela vai quando ainda está escuro, não vê claramente… não acredita… (No evangelho de João quem anda na noite, no escuro, nas trevas, anda perdido na incompreensão e na cegueira, e nada entende).2

Olhar e atitude de João

“O discípulo amado” entrou, viu e acreditou. O olhar de João é olhar do discípulo fiel que acompanhou Jesus também na cruz, é o olhar de quem lê e compreende os sinais, que vê e os entende à luz do mistério: morte e ressurreição de Jesus.

O meu de olhar e a minha atitude

  • Como me sinto a olhar para esta realidade nova de pandemia que me envolve? Estou “desperto” para ler os sinais de Deus?
  • Olho para o que vejo a partir da escuridão ou como quem procura ler os sinais de Deus à luz dos acontecimentos da morte e ressurreição de Jesus?
  • Acredito que Jesus está vivo hoje? Alegro-me porque Jesus está vivo e presente na minha vida?
  • A minha vida deixa transparecer esta confiança em Jesus?

Frase da semana:

“Desejo a todas Santa Páscoa, mas lembrem-se bem de que, para ressuscitar com Jesus, é preciso primeiro morrer com Ele no Calvário e na Cruz.” Paula Frassinetti

1 in Pelicano
2 Cf. Túmulo aberto

PASSAR à conversão de coração: SÁBADO SANTO

O silêncio em Paula

Com os olhos fitos num lindo crucifixo branco, parecia absorta, como se não desse por nada do que acontecia à sua volta. O silêncio rodeava-a. Desde o primeiro ataque de paralisia, Paula tinha-se tornado hipersensível…tinha o rosto contraído e muito pálido, sulcado por uma lágrima involuntária. O dedo atingido de gangrena provocava-lhe espasmos atrozes… Sem notar que a Irmã Maria estava no quarto, rezava movendo os lábios: «Senhor, ajudai-me vós a levar esta cruz que, no entanto, nem cravos tem. Vós, sim, que soubeste sofrer; eu não sou capaz.» (cfr Paula…Loucuras por Cristo, p. 70)

Para reflectir:

Deus está calado

Jesus morreu. Deus está calado. Hoje não há Palavra, há o silêncio que fala, que dói, que atordoa, que obriga a esperar o que se passa para além do silêncio.
Maria, a Mãe de Jesus, espera no silêncio e em silêncio

Invisíveis mas existimos

As nossas ruas estão desertas, como se a vida, as nossas vidas deixassem de existir; mas não, elas estão aí. Invisíveis, é verdade, mas existimos.
Assumir a invisibilidade que não é sinónimo de morte. Estar em casa, cuidarmo-nos em casa, é cuidar da vida de tantos, “ é uma cruz que nem cravos tem”.
Silenciar, ouvir o que se passa para além do silêncio, esperar do silêncio a vida que nos surpreende é o desafio deste dia.

Desafio

Vou dar espaço, hoje, no meu dia para me deixar surpreender com a “palavra” do silêncio.

  • Que me diz? Que medos me revela? Que palavra me dirige?

Escuto…escuto…Hoje é o dia de escutar, com Esperança, o Silêncio que anuncia VIDA.

PASSAR à conversão de coração: 6ª FEIRA SANTA

Como Paula acompanhar Jesus na cruz

«Estamos na Semana Santa, e por isso desejo e peço que, nestes dias, possa fazer boa companhia a Jesus, na sua Paixão, e a Nossa Senhora das Dores, para que no dia da Santa Páscoa possa ressuscitar com nova alegria e continuar a trabalhar, com novo alento, na vinha do Senhor.» Paula Frassinetti  (C 246,4).

6ª Feira Santa

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Jesus, levando a cruz às costas, saiu para o chamado Lugar da Caveira, que em hebraico se diz Gólgota, onde o crucificaram, e com Ele outros dois, um de cada lado, ficando Jesus no meio. Pilatos redigiu um letreiro e mandou pô-lo sobre a cruz. Dizia: «Jesus Nazareno, Rei dos Judeus.» Este letreiro foi lido por muitos judeus, porque o lugar onde Jesus tinha sido crucificado era perto da cidade e o letreiro estava escrito em hebraico, em latim e em grego. Então, os sumos sacerdotes dos judeus disseram a Pilatos: «Não escrevas ‘Rei dos Judeus’, mas sim: ‘Este homem afirmou: Eu sou Rei dos Judeus.’» Pilatos respondeu: «O que escrevi, escrevi.» Os soldados, depois de terem crucificado Jesus, pegaram na roupa dele e fizeram quatro partes, uma para cada soldado, excepto a túnica. A túnica, toda tecida de uma só peça de alto a baixo, não tinha costuras. Então, os soldados disseram uns aos outros: «Não a rasguemos; tiremo-la à sorte, para ver a quem tocará.» Assim se cumpriu a Escritura, que diz: Repartiram entre eles as minhas vestes e sobre a minha túnica lançaram sortes. E foi isto o que fizeram os soldados. Junto à cruz de Jesus estavam, de pé, sua mãe e a irmã da sua mãe, Maria, a mulher de Clopas, e Maria Madalena. Então, Jesus, ao ver ali ao pé a sua mãe e o discípulo que Ele amava, disse à mãe: «Mulher, eis o teu filho!» Depois, disse ao discípulo: «Eis a tua mãe!» E, desde aquela hora, o discípulo acolheu-a como sua. Depois disso, Jesus, sabendo que tudo se consumara, para se cumprir totalmente a Escritura, disse: «Tenho sede!» Havia ali uma vasilha cheia de vinagre. Então, ensopando no vinagre uma esponja fixada num ramo de hissopo, chegaram-lha à boca. Quando tomou o vinagre, Jesus disse: «Tudo está consumado.» E, inclinando a cabeça, entregou o espírito. (Jo 19, 17-30)

Para refletir:

A solidão

Hoje contemplamos Jesus na cruz:

«Junto à cruz de Jesus estavam de pé, sua mãe, e a irmã da sua mãe, Maria, mulher de Clopas, e Maria Madalena…» 

  • Junto à cruz de Jesus estavam algumas mulheres…, mas quase todos os discípulos estão longe… Jesus não tem perto de si aqueles que foram os seus companheiros dos últimos anos.

Muitos são os que hoje estão longe dos que amam e vivem com medo e ansiedade este tempo…  Muitos são os que morrem numa solidão terrível… sem o afeto e sem a consolação de uma presença espiritual.

  • Tenho-os presentes na minha oração?
  • Como é que na hora atual posso ser “presença” junto às cruzes de tantos que sofrem?

Desafio

  •  Hoje vou ser presença! Vou procurar ser “presença” junto de alguém que está só através de uma mensagem, carta, telefonema, oração, etc…

PASSAR à conversão de coração: 5ª FEIRA SANTA

Gestos que falam de amor em Santa Paula:

«Foram obrigadas a acolher umas quarenta mulheres, condenadas por terem matado o pai ou a mãe, ou por terem praticado outros crimes semelhantes.
As condenadas esquadrinhando ferozmente a Madre Fundadora e as outras Irmãs, gritavam: “havemos de arrancar-lhes a alma”.
A Madre Fundadora ordenou, então, às Irmãs que preparassem, quanto antes, pão, vinho, salame, presunto, etc.; e, quando tudo estava pronto, com a sua costumada amabilidade convidou as hóspedes a refazerem as forças. Aquelas pobres mulheres começaram a olhar à volta, maravilhadas, e, deixando de maldizer, puseram-se a comer tranquilamente. E bem cedo lhes ganhou o coração.» (Memórias, pág. 99)

5ª Feira Santa

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que chegara a sua hora de passar deste mundo para o Pai, Ele, que amara os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim. No decorrer da ceia, tendo já o Demónio metido no coração de Judas Iscariotes, filho de Simão, a ideia de O entregar, Jesus, sabendo que o Pai Lhe tinha dado toda a autoridade, sabendo que saíra de Deus e para Deus voltava, levantou-Se da mesa, tirou o manto e tomou uma toalha, que pôs à cintura. Depois, deitou água numa bacia e começou a lavar os pés aos discípulos e a enxugá-los com a toalha que pusera à cintura. Quando chegou a Simão Pedro, este disse-Lhe: «Senhor, Tu vais lavar-me os pés?». Jesus respondeu: «O que estou a fazer, não o podes entender agora, mas compreendê-lo-ás mais tarde». Pedro insistiu: «Nunca consentirei que me laves os pés». Jesus respondeu-lhe: «Se não tos lavar, não terás parte comigo». Simão Pedro replicou: «Senhor, então não somente os pés, mas também as mãos e a cabeça». Jesus respondeu-lhe: «Aquele que já tomou banho está limpo e não precisa de lavar senão os pés. Vós estais limpos, mas não todos». Jesus bem sabia quem O havia de entregar. Foi por isso que acrescentou: «Nem todos estais limpos». Depois de lhes lavar os pés, Jesus tomou o manto e pôs-Se de novo à mesa. Então disse-lhes: «Compreendeis o que vos fiz? Vós chamais-Me Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque o sou. Se Eu, que sou Mestre e Senhor, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros. Dei-vos o exemplo, para que, assim como Eu fiz, vós façais também». ( Jo 13, 1-15)

Para refletir:

Hoje, é o Dia do Amor!

  • “Fazei isto em memória de Mim!”
    Jesus, hoje, lava os pés aos seus discípulos e partilha com eles tudo o que tem e é… Não se reserva, dá-se todo…  Jesus deixa-nos um legado ser pão repartido para todos…  Ser vida repartida, partilhada, compartilhada com todos…  Ser Dom, Dom de Deus, somos Juventude Doroteia, somos Família Doroteia!

Hoje, deixo-me desafiar pelo Amor!!!

  • E, diante da realidade (em) que vivo, como sou presença/testemunho/dom/pão para os meus familiares, amigos, vizinhos, conterrâneos… deste Jesus que digo amar…?
  • Que me diz Jesus? Que me pede, hoje, para dar e para me dar?

Hoje, nesta 5ª Feira Santa, sou então DOM – presença amorosa – DE DEUS

Gestos viralizadores de e do Amor!!!