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Tema do Ano 2022-2023

Esta imagem gráfica procura colocar-nos dentro da senda em que o Capítulo Geral XXII nos lançou, e desafia-nos a descobrir o caminho que somos chamados a habitar como comunidade educativa: Onde somos chamados a “morar”? Para quem somos convidados a estar presentes e inteiros? A quem acolher e incluir?

A realidade do caminho abre-se a rasgar os montes, um caminho que é para todas e para todos, por isso, se vai alargando sempre mais, ainda que tenhamos de passar dificuldades para chegar a todos os serviços e áreas de inovação da nossa missão. Daí que implique diversidade de pessoas, diferentes idades, famílias e culturas que refletem a nossa vida-missão.

O horizonte pede-nos a audácia de amar o que fazemos e parar, na nossa interioridade, olhar para dentro e subir para ver mais longe, numa leitura em profundidade, que vai mais além do óbvio e dos trilhos de sempre. Para isso, a atenção à realidade implica ver a singularidade dos talentos e a força do coletivo, da complementaridade e do trabalho colaborativo, porque juntos somos mais fortes e vamos mais longe, na construção de soluções fiéis aos valores do evangelho, a bússola que nos guia.

A Casa que nos acolhe é, simultaneamente, por um lado, a Criação que será sempre a nossa casa comum, nos verdes da natureza, que implica parar para escutar, para ser, para aprender, para conviver, para semear e plantar. E, por outro, uma sala de estar aberta, em que caminho e sala se unem, tal como nos começos, nos encontros e reencontros, nas relações significativas que tecemos numa harmoniosa hospitalidade com espírito de família.

Assim, o desafio para este ano é que possamos traçar juntos uma hospitalidade genuína, simples, relacional, que fica delineada não só pelo tipo de letra “manuscrito” e reforçada pela mudança de cor que lhe quer dar um toque de elegância, mas, fundamentalmente, por lembrar que cada um tem em si algo de único a oferecer a este caminho pelo modo de acolher, estar e servir, para fazer da hospitalidade verdade.

Tema do ano 2021-2022

Esta tela procura evocar o caminho que a Congregação está a realizar em ordem ao Capítulo Geral XXII, que se realizará em Março de 2022. Daí vem a imagem central em que a seta indica: “Regressaram por outro caminho”. É este o grande desafio e provocação que é lançado aos Magos, no evangelho de S. Mateus. É o desafio e provocação que é lançado a toda a Província e a todos os Centros Educativos da Área Europa.

A seta ganha forma através de uma mistura de cores que vai levar às cores quentes, aos laranjas, na procura de expressar essa transformação. Para um crente, a transformação por excelência dá-se no encontro pessoal com Jesus, que tem consequências, dá-se quando se abre espaço em nós, no nosso coração, para que o dinamismo do Espírito Santo possa rasgar novos caminhos, novos sonhos, desejos, modos de ver, escutar, trabalhar, relacionar-se, amar, servir, educar.

Todos nós, crentes e não crentes, podemos identificar nas nossas vidas momentos marcantes, significativos, que nos transformam interiormente, de forma profunda. À distância, percebemos que não voltámos as mesmas pessoas: tocar limites, partilhar fragilidades, superar dificuldades, celebrar conquistas suadas, fez-nos regressar por outro caminho!

Vemos também pessoas diferentes: famílias, bebés, crianças, jovens, adultos… que formam a nossa comunidade educativa. Esta diversidade é o rosto dos nossos Centros Educativos, que são a resposta a famílias e necessidades concretas.

Este verde de fundo insere-nos na Casa Comum, a criação, a natureza, o cuidado ecológico, a sociedade que servimos.

Temos sinais que nos ajudam a ler melhor o caminho, patentes no mapa, na mochila, nos binóculos, são quase um GPS, uma forma de comunicação que se vai construindo, indicam todos os serviços que nos dinamizam no escondimento e, claro, aquelas e aqueles que nos guiam, que treinam o nosso olhar para ver mais longe, discernir, que tomam decisões, envolvem e animam a caminhar juntos para o objetivo comum: “Educar bem para transformar o mundo e conduzi-lo à verdadeira vida.”

O fundo pautado por traços e linhas de cores, espessuras e direções diferentes e uma diversidade de transportes, balões, avião, barco, querem comunicar que cada um tem o seu próprio caminho para percorrer, o que importa é não perder a “estrela”, o foco da missão que nos é confiada. Por isso, os caminhos e os transportes dizem de uma diferenciação pedagógica inevitável que possa incluir, educar e acolher todos.

Todos juntos, como companheiros, como família, irmãs, professores, colaboradores, todos somos educadores pelo olhar, pelos gestos, pelas palavras, por colocarmos o coração no que fazemos, pela capacidade de servir com paixão esta missão de educar que é de todos e de cada um.

Tema do ano 2020-2021

Somos chamados a CONSTRUIR COMUNIDADES ABERTAS E FELIZES PARA A TRANSFORMAÇÃO DO MUNDO:

Abrindo-nos à mística do encontro através de relações de amizade entre nós e com os outros que exprimam a possibilidade de uma partilha gratuita do dom e Deus na vida, na oração e na missão.
Reconhecendo os leigos como parte da nossa identidade carismática e sendo com eles agentes de transformação numa missão comum. (Doc. Capítulo Geral XXI)

Nós só temos um poço, mas, enquanto houver água para nós, haverá também para vós. (…) não deixou fugir a oportunidade de fazer algum bem àqueles pobres soldados e, recolhendo todas as medalhas de Nossa Senhora que pôde encontrar em casa, distribuindo-as por aqueles jovens, ao mesmo tempo que lhes dava santos conselhos. (Santa Paula Frassinetti)

A porta da felicidade abre-se para fora, quem a abre para dentro bloqueia-a irremediavelmente. Kierkegaard

PASSAR… para ser rosto da ternura de Deus

PASSAR – Mantém o traçado anterior, mas a alternância entre um tipo de letra geométrico e um manuscrito no título; quer acentuar-se o caráter único de cada passagem com as dinâmicas interiores e tão humanas que cada uma arrasta.

“do dentro ao fora” – O painel encontra-nos como uma grande porta aberta que nos desafia a percorrer um caminho de dentro para fora. Dentro, as paredes são de um verde suave, que pede mudança, e o chão é de um verde mais intenso, que pressupõe segurança, rasgado por uma porta vermelha “escancarada” cujas cores fortes apontam para uma paixão libertadora, que se abre com coragem a um caminho novo… podemos quase fazer memória de Deus que faz caminho com o povo e o conduz em todos os tempos e lugares; fá-lo sair de dentro para fora, nas circunstâncias em que está… “Foi ele que os fez sair do Egipto, realizando prodígios e milagres na terra do Egipto, no Mar Vermelho e no deserto, durante quarenta anos.” (Act 7,36)

“do grande ao pequeno” – Vemos que no meio do caminho novo, que se ousou percorrer, se apresentam duas casas muito semelhantes, de fachada igual, mas a primeira é maior. Ambas com o toque rústico para falar da “simplicidade e do espírito de família”, ligadas por duas linhas de traços diferentes. A linha superior a negro, cujo tracejado comunica um coração, coloca a descoberto o esforço e desejo humano de acertar com a vontade de Deus; um traçado maior de linhas vermelhas revela um Deus que guia num discernimento, daí a bússola que vai tornando clara a opção que envolve a passagem do grande ao pequeno numa casa simples.

“da segurança à precariedade” – O caminho azul marinho rompe a porta, num traçado em que essa mesma cor transporta a fé e a confiança abandonada; a segurança está no novo caminho traçado a vermelho, caminho de Deus com o movimento do Espírito, que começa largo, parte da segurança, mas depois de algumas voltas fica mais estreito, ao ponto de se realizar apenas na precariedade de um tracejado, como se passo a passo se caminhasse do finito ao infinito.

“da distância à proximidade” – A noção de distância e proximidade fica associada aos marcos que ligam e definem o ponto de partida e chegada; existe aqui um espaço, um intervalo entre marcos em que o percurso sempre nos leva para Aquele que é o Senhor de todos os tempos, de todas as medidas e itinerários, em que o longe e o perto são sempre ponto de encontro, como diz o profeta Isaías: ”Vós, os que estais longe, ouvi o que Eu fiz! Vós, os que estais perto, reconhecei o meu poder!” (Is 33,13)

“da ação à compaixão” – Os marcos de distância e proximidade evocam também no seu interior o ponto de partida em que se olha, atende e cuida daquele que está próximo, beneficiário da ação preconizada no grafismo de apenas uma mão. Mas o amor que se faz todo compaixão, inteiramente misericórdia, sente com o Outro, os outros, toca e deixa-se tocar pelas suas feridas, por cada coração, por todos os povos: “A compaixão do homem tem por objeto o próximo, mas a misericórdia divina estende-se a todo o ser vivo: repreende, corrige, ensina, e reconduz, como pastor, o seu rebanho.” (Ecl 18, 13)
Numa experiência em que o agir humano é portador de mais do que uma ação isolada, da compaixão feita misericórdia, depois de trilhado o caminho, emerge na delicadeza de cada mão (diferentes cores, diferentes tamanhos apontam para povos, culturas, feridas diversas) com um coração no centro, que tocou e toca… para ser rosto da ternura de Deus.