PASSAR à conversão de coração: 5ª FEIRA SANTA

PASSAR à conversão de coração: 5ª FEIRA SANTA

Gestos que falam de amor em Santa Paula:

«Foram obrigadas a acolher umas quarenta mulheres, condenadas por terem matado o pai ou a mãe, ou por terem praticado outros crimes semelhantes.
As condenadas esquadrinhando ferozmente a Madre Fundadora e as outras Irmãs, gritavam: “havemos de arrancar-lhes a alma”.
A Madre Fundadora ordenou, então, às Irmãs que preparassem, quanto antes, pão, vinho, salame, presunto, etc.; e, quando tudo estava pronto, com a sua costumada amabilidade convidou as hóspedes a refazerem as forças. Aquelas pobres mulheres começaram a olhar à volta, maravilhadas, e, deixando de maldizer, puseram-se a comer tranquilamente. E bem cedo lhes ganhou o coração.» (Memórias, pág. 99)

5ª Feira Santa

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que chegara a sua hora de passar deste mundo para o Pai, Ele, que amara os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim. No decorrer da ceia, tendo já o Demónio metido no coração de Judas Iscariotes, filho de Simão, a ideia de O entregar, Jesus, sabendo que o Pai Lhe tinha dado toda a autoridade, sabendo que saíra de Deus e para Deus voltava, levantou-Se da mesa, tirou o manto e tomou uma toalha, que pôs à cintura. Depois, deitou água numa bacia e começou a lavar os pés aos discípulos e a enxugá-los com a toalha que pusera à cintura. Quando chegou a Simão Pedro, este disse-Lhe: «Senhor, Tu vais lavar-me os pés?». Jesus respondeu: «O que estou a fazer, não o podes entender agora, mas compreendê-lo-ás mais tarde». Pedro insistiu: «Nunca consentirei que me laves os pés». Jesus respondeu-lhe: «Se não tos lavar, não terás parte comigo». Simão Pedro replicou: «Senhor, então não somente os pés, mas também as mãos e a cabeça». Jesus respondeu-lhe: «Aquele que já tomou banho está limpo e não precisa de lavar senão os pés. Vós estais limpos, mas não todos». Jesus bem sabia quem O havia de entregar. Foi por isso que acrescentou: «Nem todos estais limpos». Depois de lhes lavar os pés, Jesus tomou o manto e pôs-Se de novo à mesa. Então disse-lhes: «Compreendeis o que vos fiz? Vós chamais-Me Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque o sou. Se Eu, que sou Mestre e Senhor, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros. Dei-vos o exemplo, para que, assim como Eu fiz, vós façais também». ( Jo 13, 1-15)

Para refletir:

Hoje, é o Dia do Amor!

  • “Fazei isto em memória de Mim!”
    Jesus, hoje, lava os pés aos seus discípulos e partilha com eles tudo o que tem e é… Não se reserva, dá-se todo…  Jesus deixa-nos um legado ser pão repartido para todos…  Ser vida repartida, partilhada, compartilhada com todos…  Ser Dom, Dom de Deus, somos Juventude Doroteia, somos Família Doroteia!

Hoje, deixo-me desafiar pelo Amor!!!

  • E, diante da realidade (em) que vivo, como sou presença/testemunho/dom/pão para os meus familiares, amigos, vizinhos, conterrâneos… deste Jesus que digo amar…?
  • Que me diz Jesus? Que me pede, hoje, para dar e para me dar?

Hoje, nesta 5ª Feira Santa, sou então DOM – presença amorosa – DE DEUS

Gestos viralizadores de e do Amor!!!

PASSAR à conversão de coração: DOMINGO DE RAMOS

Símbolo de Santa Paula:

Girassol: Junho de 1882. Paula adoeceu gravemente. Aproximava-se a sua hora. Apesar de todos os esforços dos médicos a doença progrediu e, no dia 11 desse mês, Paula morreu na grande paz de que goza um coração que sempre fez o bem.

Depois da sua morte, muitas pessoas recordavam todo o bem que ela fez. S. João Bosco, que conhecia muito bem Paula, disse a seu respeito: “É um verdadeiro girassol!

Assim como o girassol se volta sempre para a luz do sol, assim Paula orientou sempre a sua vida para a Vontade de Deus.

Domingo de Ramos

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

No primeiro dia da festa dos Ázimos, os discípulos foram ter com Jesus e perguntaram-lhe: «Onde queres que façamos os preparativos para comer a Páscoa?» Ele respondeu: «Ide à cidade, a casa de um certo homem e dizei-lhe: ‘O Mestre manda dizer: O meu tempo está próximo; é em tua casa que quero celebrar a Páscoa com os meus discípulos.’» Os discípulos fizeram como Jesus lhes ordenara e prepararam a Páscoa. Ao cair da tarde, sentou-se à mesa com os Doze. Enquanto comiam, disse: «Em verdade vos digo: Um de vós me há-de entregar.» Profundamente entristecidos, começaram a perguntar-lhe, cada um por sua vez: «Porventura serei eu, Senhor?» Ele respondeu: «O que mete comigo a mão no prato, esse me entregará. O Filho do Homem segue o seu caminho, como está escrito acerca dele; mas ai daquele por quem o Filho do Homem vai ser entregue. Seria melhor para esse homem não ter nascido!» Judas, o traidor, tomou a palavra e perguntou: «Porventura serei eu, Mestre?» «Tu o disseste» – respondeu Jesus. Enquanto comiam, Jesus tomou o pão e, depois de pronunciar a bênção, partiu-o e deu-o aos seus discípulos, dizendo: «Tomai, comei: Isto é o meu corpo.» Em seguida, tomou um cálice, deu graças e entregou-lho, dizendo: «Bebei dele todos. Porque este é o meu sangue, sangue da Aliança, que vai ser derramado por muitos, para perdão dos pecados. Eu vos digo: Não beberei mais deste produto da videira, até ao dia em que beber o vinho novo convosco no Reino de meu Pai.» Depois de cantarem os salmos, saíram para o Monte das Oliveiras. Jesus disse-lhes, então: «Nesta mesma noite, todos ficareis perturbados por minha causa, porque está escrito: Ferirei o pastor e as ovelhas do rebanho serão dispersas. Mas, depois da minha ressurreição, hei-de preceder-vos na Galileia.» Tomando a palavra, Pedro respondeu-lhe: «Ainda que todos fiquem perturbados por tua causa, eu nunca me perturbarei!» Jesus retorquiu-lhe: «Em verdade te digo: Esta mesma noite, antes de o galo cantar, vais negar-me três vezes.» Pedro disse-lhe: «Mesmo que tenha de morrer contigo, não te negarei!» E todos os discípulos afirmaram o mesmo. (Mt 26, 14 – 27, 66)

Para refletir:

É a Festa do Domingo de Ramos.

Jesus, que viveu sempre voltado para o Pai, veio ao mundo para fazer a Sua Vontade e levou até ao extremo as consequências da sua identidade e missão, do Seu Amor pelo Pai e pela Humanidade.
Aquele que passou fazendo o bem aproxima-se, agora, de Jerusalém, aproxima-se da Sua Hora, de partir deste mundo para o Pai.
Aquele que sempre andou a pé ou de barco entra, agora, montado num jumentinho e deixa-se aclamar por Rei.
Defende e assume claramente a Sua identidade e missão.
Ele é o Salvador esperado, o Messias, o libertador, o “Filho de David”.

Entrando no Evangelho deste dia,
“somos todos levados a percorrer e a reviver as últimas e decisivas vinte e quatro horas de Jesus, desde as 15h00 de Quinta-Feira Santa até perto das 18h00 de Sexta-Feira Santa:

  • 15h00 = Preparação da Ceia
  • 18h00 = Ceia Primeira!
  • 21h00 = Getsémani
  • 24h00 = Prisão de Jesus
  • 03h00 = Pedro nega e o galo canta
  • 06h00 = Jesus diante de Pilatos
  • 09h00 = Crucifixão de Jesus
  • 12h00 = as trevas em vez da Luz!
  • 15h00 = Morte de Jesus
  • 18h00 = Sepultamento de Jesus”1

Aproxima-se a hora em que o que tínhamos por certo e seguro se desmorona.

Vivemos o tempo da impotência humana, a grande oportunidade para que Deus possa fazer milagres na nossa história.

Precisamos de passar por dentro deste tempo de incerteza que nos dá medo para aprendermos a entregar-nos a Deus, conscientes das nossas debilidades, e certos de que uma hora nova está já preparada para nascer.

O homem acreditava que podia ser Senhor da vida e da morte, podia determinar quem pode nascer e quando vai morrer. Estamos a confrontar-nos com a nossa verdade: Deus dá-nos a possibilidade de dominar a terra mas não somos senhores de nada. Está a nascer um novo céu, uma nova terra, uma nova humanidade. Um céu mais claro, uma terra mais limpa, uma humanidade mais solidária. E já vemos os sinais.

Aproxima-se a hora…

  • Que estou a fazer para acolher esta hora?
  • Que me sinto a perder?
  • Que me sinto a ganhar?
  • A que me agarro para alimentar a esperança?
  • Para Onde é que esta Hora me está a voltar?

…como o girassol, voltada para o sol, para Deus.

Frase da Semana:

“A tribulação cerca-nos de toda a parte…porém, não desanimo, porque sei que o grão, para dar fruto, primeiro tem que apodrecer debaixo da terra.” Paula Frassinetti

in Mesa da Palavras

PASSAR à conversão de coração: 1º DOMINGO DE QUARESMA

Símbolo de Santa Paula:

Bússola: O símbolo da Bússola nasce da frase de Santa Paula Frassinetti: “A bússola das Doroteias é a Vontade de Deus”.

1ºDomingo da Quaresma

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, Jesus foi conduzido pelo Espírito ao deserto, a fim de ser tentado pelo Diabo. Jejuou quarenta dias e quarenta noites e, por fim, teve fome. O tentador aproximou-se e disse-lhe: «Se és Filho de Deus, diz a estas pedras que se transformem em pães». Jesus respondeu-lhe: «Está escrito: ‘Nem só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus’». Então o Diabo conduziu-O à cidade santa, levou-O ao pináculo do templo e disse-Lhe: «Se és Filho de Deus, lança-Te daqui abaixo, pois está escrito: ‘Deus mandará aos seus Anjos que te recebam nas suas mãos, para que não tropeces em alguma pedra’». Respondeu-lhe Jesus: «Também está escrito: ‘Não tentarás o Senhor teu Deus’». De novo o Diabo O levou consigo a um monte muito alto, mostrou-Lhe todos os reinos do mundo e a sua glória, e disse-Lhe: «Tudo isto Te darei, se, prostrado, me adorares». Respondeu-lhe Jesus: «Vai-te, Satanás, porque está escrito: ‘Adorarás o Senhor teu Deus e só a Ele prestarás culto’». Então o Diabo deixou-O e aproximaram-se os Anjos e serviram-n’O. (Lc 4, 1-13)

Para reflectir:

  • Jesus teve de fazer opções nem sempre fáceis… Para tomar as suas decisões tinha como critério a fidelidade ao que percebia ser a Vontade do Pai.
  • Na minha vida também existem desertos e também aí sou chamado(a) a tomar decisões… Que critério(s) me guia(m) para fazer as minhas escolhas?

Frase da Semana: 

“Isto devemos querer com todo o coração, com toda a alma e com todas as forças: Vontade de Deus, és o meu Paraíso.” Santa Paula Frassinetti

PASSAR à conversão de coração: 5º DOMINGO DE QUARESMA

Símbolo de Santa Paula:

Facho: Na Bíblia, a luz é o lugar da felicidade, da vida. Jesus é a Luz, é a Vida. Quem crê em Jesus, e forma um pacto com Ele, torna-se portador da VIDA com a qual “incendeia” todos e tudo à sua volta.

Paula, desde a fundação da Congregação, sempre desejou que as suas irmãs espalhassem o amor de Deus a quantos delas se aproximassem, por isso disse: “sede fachos ardentes…”. Paula, ao enviar as primeiras missionárias para o Brasil em 1866 (Teresa Casavecchia, Jannozzi, Josefina Pingiani, Francisca Toscani, Gertrudes Mattei e Sofia Filipa) escreveu à Irmã Josefina Bozzano, que, nessa altura, vivia em Génova, recomendando-as à oração da comunidade:

“Agora é preciso rezar muito pelas Irmãs que no dia 10 iniciarão a viagem, para que o Senhor as encha do  seu Divino Espírito Santo e as transforme em fachos ardentes que, onde toquem, acendam o fogo do amor de Deus” (C.241,2).

Desde o início da Congregação, Paula acreditou no poder transformador do Espírito Santo e no poder do amor. Por isso, incutiu-o às suas irmãs insistentemente: “Inflamai todos no santo amor, inflamai todos os que de vós se aproximarem. (C. 363,9)

5ºDomingo da Quaresma

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, as irmãs de Lázaro mandaram dizer a Jesus: «Senhor, o teu amigo está doente». Ouvindo isto, Jesus disse: «Essa doença não é mortal, mas é para a glória de Deus, para que por ela seja glorificado o Filho do homem». Jesus era amigo de Marta, de sua irmã e de Lázaro. Entretanto, depois de ouvir dizer que ele estava doente, ficou ainda dois dias no local onde Se encontrava. Depois disse aos discípulos: «Vamos de novo para a Judeia». Ao chegar lá, Jesus encontrou o amigo sepultado havia quatro dias. Quando ouviu dizer que Jesus estava a chegar, Marta saiu ao seu encontro, enquanto Maria ficou sentada em casa. Marta disse a Jesus: «Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido. Mas sei que, mesmo agora, tudo o que pedires a Deus, Deus To concederá». Disse-lhe Jesus: «Teu irmão ressuscitará». Marta respondeu: «Eu sei que há-de ressuscitar na ressurreição do último dia». Disse-lhe Jesus: «Eu sou a ressurreição e a vida. Quem acredita em Mim, ainda que tenha morrido, viverá; e todo aquele que vive e acredita em Mim, nunca morrerá. Acreditas nisto?». Disse-Lhe Marta: «Acredito, Senhor, que Tu és o Messias, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo». Jesus comoveu-Se profundamente e perturbou-Se. Depois perguntou: «Onde o pu­sestes?». Responderam-Lhe: «Vem ver, Senhor». E Jesus chorou. Diziam então os judeus: «Vede como era seu amigo». Mas alguns deles observaram: «Então Ele, que abriu os olhos ao cego, não podia também ter feito que este homem não morresse?». Entretanto, Jesus, intimamente comovido, chegou ao túmulo. Era uma gruta, com uma pedra posta à entrada. Disse Jesus: «Tirai a pedra». Respondeu Marta, irmã do morto: «Já cheira mal, Senhor, pois morreu há quatro dias». Disse Jesus: «Eu não te disse que, se acreditasses, verias a glória de Deus?». Tiraram então a pedra. Jesus, levantando os olhos ao Céu, disse: «Pai, dou-Te graças por Me teres ouvido. Eu bem sei que sempre Me ouves, mas falei assim por causa da multidão que nos cerca, para acreditarem que Tu Me enviaste». Dito isto, bradou com voz forte: «Lázaro, sai para fora». O morto saiu, de mãos e pés enfaixados com ligaduras e o rosto envolvido num sudário. Disse-lhes Jesus: «Desligai-o e deixai-o ir». Então muitos judeus, que tinham ido visitar Maria, ao verem o que Jesus fizera, acreditaram n’Ele.  (Jo 11, 1-45)

Para refletir:

Jesus comoveu-se…

A relação que existia entre esta família (Marta, Maria e Lázaro) e Jesus é de amizade, recebe Jesus em sua casa. O amor era recíproco. A morte de Lázaro comove Jesus a ponto de os Judeus dizerem “vede como era seu amigo”.
A verdadeira amizade é como luz, não é possível escondê-la, é construtiva e gera vida. Todos nós temos verdadeiros amigos com os quais nos tornamos solidários em todas as circunstâncias (dor, alegria…).

  • Tenho consciência do tipo de vida e felicidade que essa amizade gera em mim e nos meus amigos?

A vida é um estágio. Quem morre deixa de ter função, não dá para servir, é um defunto, está numa “gruta fechada com uma pedra” e “de mãos e pés atados com ligaduras”.

  • O que pode tornar a minha vida num defunto fechado numa gruta e de mãos e pés atados?

Jesus “bradou com voz forte: Lázaro, vem cá para fora!”

  • Oiço a voz de Jesus que me chama e a pedir para vir para fora?
  • Em que situação da minha vida e lugar me encontro para Ele me chamar?
  • Acredito que o meu encontro com Jesus me transforma e me leva a transformar o ambiente que me circunda?

Jesus disse: “Desamarrai-o e deixai-o ir!”.

  • Para onde vou?
  • Que rumo estou a dar à minha vida?

Frase da Semana:

“Sede fachos ardentes que iluminam e aqueçam quantos de vós se aproximarem!”. Paula Frassinetti

SER FAMÍLIA

Colégio de Santa Doroteia: Doro_Pray
Colégio Nossa Senhora da Paz: Mega…da Paz
Externato do Parque: Hoje é um bom dia para…

PASSAR à conversão de coração: 4º DOMINGO DE QUARESMA

Símbolo de Santa Paula:

Farol: Farol de Génova é o símbolo mais importante da cidade. É uma torre de 77 metros de altura e projeta a luz a 50 km de distância. A luz deste farol foi sempre inspiradora para Paula como sentido de orientação. Paula deixou-se atingir e iluminar pelo Farol que é Jesus e desse modo dá continuidade à Sua «obra» no mundo tornando-se referência para nós.

Do mesmo modo, também nós, ao deixarmo-nos iluminar pelo Farol que é Jesus Cristo, estamos a repetir o gesto de entrega e confiança que Paula nos transmitiu com toda a sua vida. É o calor desta luz que nos faz ver e nos anima a prosseguir em tempos de dificuldades e onde a fé se torna um desafio crescente.1

4ºDomingo da Quaresma

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, Jesus encontrou no seu caminho um cego de nascença. Cuspiu em terra, fez com a saliva um pouco de lodo e ungiu os olhos do cego. Depois disse-lhe: «Vai lavar-te à piscina de Siloé»; Siloé quer dizer «Enviado». Ele foi, lavou-se e começou a ver. Entretanto, perguntavam os vizinhos e os que o viam a mendigar: «Não é este o que costumava estar sentado a pedir esmola?». Uns diziam: «É ele». Outros afirmavam: «Não é. É parecido com ele». Mas ele próprio dizia: «Sou eu». Levaram aos fariseus o que tinha sido cego. Era sábado esse dia em que Jesus fizera lodo e lhe tinha aberto os olhos. Por isso, os fariseus perguntaram ao homem como tinha recuperado a vista. Ele declarou-lhes: «Jesus pôs-me lodo nos olhos; depois fui lavar-me e agora vejo». Diziam alguns dos fariseus: «Esse homem não vem de Deus, porque não guarda o sábado». Outros observavam: «Como pode um pecador fazer tais milagres?». E havia desacordo entre eles. Perguntaram então novamente ao cego: «Tu que dizes d’Aquele que te deu a vista?». O homem respondeu: «É um profeta». Replicaram-lhe então eles: «Tu nasceste inteiramente em pecado e pretendes ensinar-nos?». E expulsaram-no. Jesus soube que o tinham expulsado e, encontrando-o, disse-lhe: «Tu acreditas no Filho do homem?». Ele respondeu-Lhe: «Quem é, Senhor, para que eu acredite n’Ele?». Disse-lhe Jesus: «Já O viste: é quem está a falar contigo». O homem prostrou-se diante de Jesus e exclamou: «Eu creio, Senhor»..  (Jo 9,1-41)

Para refletir:

Jesus, que ia de passagem, viu um cego. Os discípulos também o viram, mas olham para ele de um modo diferente de Jesus. Eles perguntam quem pecou, Jesus diz preciso deste cego! «É preciso» que Deus se manifeste neste cego. E como é que Deus se podia manifestar naquele cego? Através das «obras» daquele que Ele enviou (Jo9,4), fazendo passar aquele cego do domínio da cegueira para a liberdade. Sendo a Luz do mundo (Jo8,12; 9,5), Jesus concede o dom da vista ao cego de nascença acompanhado do dom da Luz (Iluminação) em ordem à contemplação das coisas. O cego lavou os olhos naquela fonte e recobrou a vista imediatamente. A luz da fé, essa é gradual. Passa por: «não sei» (Jo9,12); «é um profeta» (Jo9,17); «vem de Deus» (Jo9,33); «eu creio, Senhor» (Jo9,38).

Temos todos algo a ver com o cego de nascença: os batizados receberam como ele o dom batismal da Luz para ver e ouvir e viver a vida divina. Temos todos a ver com o Enviado, Aquele-que-vem: Ele é o único enviado do Pai para fazer a sua «obra»; nós somos enviados por Ele (Jo20,21) para continuar no mundo a sua «obra». 2

  • Tenho consciência que também eu tenho algo a ver com o cego e algo a ver com O Enviado?
  • Deus manifesta-se, hoje, através das nossas obras. Sinto que também eu, como Paula, sou chamado, chamada a deixar-me iluminar pelo Farol e a continuar a Sua obra no mundo?

Esta é a nossa hora. Jesus rezou por nós para que a nossa fé não desfaleça.

Frase da Semana:

“O caminho é árduo e espinhoso, não se pode negar, mas o exemplo de Nosso Senhor Jesus Cristo, de Maria Santíssima e dos Santos vo-lo tornará não só fácil e plano, mas suave e aprazível. O que fizeram os Santos também nós o podemos fazer, se tivermos boa vontade. Deus estará sempre pronto a ajudar-nos com a Sua abundante graça. Coragem, portanto; amai muito Jesus e este amor vos fará voar no caminho da Santidade.” Paula Frassinetti

1 cfr http://www.escoladeleigos.com.br/Textos/ALuzdoFarol.html 
2 cfr https://mesadepalavras.wordpress.com/?s=cego+de+nascen%C3%A7a

PASSAR à conversão de coração: 3º DOMINGO DE QUARESMA

Símbolo de Santa Paula:

Poço: O poço tem um simbolismo importante para as irmãs Doroteias. Na história da Congregação destacam-se dois poços: o poço de Quinto e o poço de Roma.

poço de Quinto foi o lugar onde Santa Paula lavou a roupa das Irmãs “enfermeiras” que tratavam os doentes vítimas da epidemia de cólera, que abalou Génova em 1835. Paula também se voluntariou para auxiliar as Irmãs, porém o pai não a deixou, no entanto apesar da proibição, Paula não deixou de ajudar, arranjando outra forma de estar ao serviço, talvez até mais arriscada.

poço de Roma foi historicamente marcante. Numa altura de grandes conflitos contra o Papa Pio IX, Roma era atacada por todos os lados. Os Garibaldinos eram uma das frentes contra o Papa e o seu exército começava a passar sede. Quando estes foram bater à porta das Irmãs, Santa Paula não recusou ajudá-los. Foi aí que disse a famosa frase: “Enquanto houver água para nós, também haverá para vós”.

Meditando estes dois episódios podemos olhar com carinho para esta mulher, que nos inspira a dar a vida aos outros como forma de colaborarmos com Deus para a salvação do mundo. Quando percebemos que no fundo dos nossos poços habita um Deus de Amor, liberta-se em nós o desejo de dar de beber aos outros e tornando-se, então, o nosso desejo mais profundo. Que nesta semana sejamos capazes de amar os outros como Deus nos ama!

3ºDomingo da Quaresma

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, chegou Jesus a uma cidade da Samaria, chamada Sicar, perto do terreno que Jacob tinha dado ao seu filho José. Ficava ali o poço de Jacob. Então Jesus, cansado da caminhada, sentou-se, sem mais, na borda do poço. Era por volta do meio-dia. Entretanto, chegou certa mulher samaritana para tirar água. Disse-lhe Jesus: «Dá-Me de beber.» Os discípulos tinham ido à cidade comprar alimentos. Respondeu-Lhe a samaritana: «Como é que Tu, sendo judeu, me pedes de beber, sendo eu samaritana?». De facto, os judeus não se dão com os samaritanos. Disse-lhe Jesus: «Se conhecesses o dom de Deus e quem é Aquele que te diz: ‘Dá-Me de beber’, tu é que Lhe pedirias e Ele te daria água viva». Respondeu-Lhe a mulher: «Senhor, Tu nem sequer tens um balde e o poço é fundo: donde Te vem a água viva? Serás Tu maior do que o nosso pai Jacob, que nos deu este poço, do qual ele mesmo bebeu, com os seus filhos e os seus rebanhos?». Disse-lhe Jesus: «Todo aquele que bebe desta água voltará a ter sede. Mas aquele que beber da água que Eu lhe der nunca mais terá sede: a água que Eu lhe der tornar-se-á nele uma nascente que jorra para a vida eterna». «Senhor, – suplicou a mulher – dá-me dessa água, para que eu não sinta mais sede e não tenha de vir aqui buscá-la. Vejo que és profeta. Os nossos pais adoraram neste monte e vós dizeis que é em Jerusalém que se deve adorar». Disse-lhe Jesus: «Mulher, acredita em Mim: Vai chegar a hora em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o que não conheceis; nós adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem dos judeus. Mas vai chegar a hora – e já chegou – em que os verdadeiros adoradores hão-de adorar o Pai em espírito e verdade, pois são esses os adoradores que o Pai deseja. Deus é espírito e os seus adoradores devem adorá-l’O em espírito e verdade». Disse-Lhe a mulher: «Eu sei que há-de vir o Messias, isto é, Aquele que chamam Cristo. Quando vier há-de anunciar-nos todas as coisas». Respondeu-lhe Jesus: «Sou Eu, que estou a falar contigo». Muitos samaritanos daquela cidade acreditaram em Jesus, por causa da palavra da mulher. Quando os samaritanos vieram ao encontro de Jesus, pediram-Lhe que ficasse com eles. E ficou lá dois dias. Ao ouvi-l’O, muitos acreditaram e diziam à mulher: «Já não é por causa das tuas palavras que acreditamos. Nós próprios ouvimos e sabemos que Ele é realmente o Salvador do mundo». (Jo 4,5-42)

Para refletir:

  •  Dá-me de beber
    Os samaritanos eram considerados impuros pelos judeus, porém Jesus faz um pedido inesperado. Jesus faz-nos muitas vezes o mesmo pedido… a partir do inesperado, o Senhor vai-nos tocando. Que pedidos inesperados sinto que Jesus me faz hoje? Que dificuldades coloco aos pedidos de Jesus? Acredito apenas nas minhas forças ou confio que o meu desejo basta e Deus fará brotar em mim “uma nascente que jorra para a vida eterna”?
  • Senhor (…) dá-me dessa água (…)
    Acredito que a única água que pode matar a verdadeira sede é a água que vem da Palavra? A oração é um dos lugares oportunos onde podemos abrir-nos e desejarmos com todo o nosso ser esta água; sabendo que num primeiro momento o Senhor nos chama a dar de beber e num segundo desperta em nós o desejo de lhe retribuir o pedido. Que tempo dou à oração durante o meu dia?

Frase da Semana:

“Enquanto houver água para nós, também haverá para vós”. Paula Frassinetti

CALAMIDADE DO COVID19: TEMPO PARA ORAÇÃO

Desejamos que estejam bem, a fazer o bem possível…

Com as últimas notícias somos chamados a viver mais em Família, colocando ao serviço uns dos outros a nossa criatividade… criando um ambiente de serenidade e de esperança.

Neste contexto, o mundo precisa de nós como “sentinelas” de Esperança, de Fé e de Caridade.

Todos necessitam de nós como “homens/mulheres” que apontam Deus, como o grande suporte, o sustento e fortaleza para estes tempos tão difíceis e duros…

Assim, convidamos cada um a encontrar um tempo diário de oração, pessoal e/ou em Família em que tenham por intenção entregar ao Senhor a situação que vivemos de calamidade pública, provocada pelo Covid19.

Deus que é Pai bom, escutará a nossa oração de intercessão, por todas as pessoas do mundo que sofrem estas situações.

11 DE MARÇO 1984: CANONIZAÇÃO DE PAULA FRASSINETTI

Há 36 anos atrás o mundo pôde ver uma grande fotografia do rosto de Santa Paula em frente à Basílica de S. Pedro. Os sinos repicaram festivamente para anunciar: Paula é Santa! E era Ano Santo, Ano da Redenção e tempo do Jubileu extraordinário.

Ficam aqui algumas características de Paula, realçadas por S. João Paulo II na homilia da canonização:

“Paula Frassinetti é, de facto, um esplêndido fruto da Redenção, sempre atuante na Igreja.

Para distinguir se uma obra é cristã, é preciso ver se há a marca da Cruz redentora. De facto, [Paula] estava convicta de que quem quer iniciar um caminho de perfeição não pode renunciar à cruz, à humilhação e ao sofrimento, que tornam o cristão semelhante ao modelo que é o Crucificado. A cruz não só não a atemorizava, mas era para ela a força poderosa que a movia, a fonte secreta da qual brotava a sua incansável atividade e a sua indómita coragem. Ela bendizia o ano que se abria com alguma cruz… A força interior, que a levava a viver de modo tão integral a “loucura” da cruz, deve ser procurada na terna devoção ao Coração de Jesus Cristo.

Sensibilidade autenticamente apostólica… cruzamento de amor e de sofrimento. Identificação com Cristo… tinha que se manifestar numa intensa atividade de apostolado, com especial interesse pela formação cristã da infância e da juventude abandonada. [As Irmãs Doroteias] hoje regozijam-se ao ver a sua Fundadora inscrita no Álbum dos Santos e são ainda mais orgulhosas de seguir os seus passos luminosos, e o seu ensinamento sempre atual.”

E hoje, as “tendas” alargaram os seus limites para acolher a grande Família Doroteia, enxertada no carisma de Sta Paula.

Demos graças por estes 36 anos de história, por toda a vida que fez história e pelas vidas que querem dar continuidade a esta história engrossando o número daqueles e daquelas que, identificados com o Carisma de Paula, continuam a querer transformar o mundo na grande Família de Deus.