JOÃO BATISTA

Leitura

Princípio do Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus.  Conforme está escrito no profeta Isaías:

Eis que envio à tua frente o meu mensageiro,
a fim de preparar o teu caminho.
Uma voz clama no deserto:
Preparai o caminho do Senhor,
endireitai as suas veredas.’

João Baptista apareceu no deserto, a pregar um baptismo de arrependimento para a remissão dos pecados. 5Saíam ao seu encontro todos os da província da Judeia e todos os habitantes de Jerusalém e eram baptizados por ele no rio Jordão, confessando os seus pecados. 6João vestia-se de pêlos de camelo e trazia uma correia de couro à cintura; alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre.

E pregava assim: «Depois de mim vai chegar outro que é mais forte do que eu, diante do qual não sou digno de me inclinar para lhe desatar as correias das sandálias. 8Eu baptizei-vos em água, mas Ele há-de baptizar-vos no Espírito Santo.»
(Mc 1, 1-8)

Graça a pedir

Pedir a graça de me conhecer como Deus me conhece, consciente de quem sou e de quem não sou.

1º ponto – Apresentação de João Batista

O Evangelho de Jesus, na ótica de Marcos, começa com a apresentação de João Batista. 

João identifica-se, plenamente, com o mensageiro que vai à frente de Jesus e com a voz que clama no deserto.

Em Jo 1,19, quando questionado sobre a sua identidade, João sabe muito bem dizer que “não é o Messias”, que “não é Elias nem nenhum dos profetas”, sendo apenas “a voz que clama no deserto”.

Vestia um traje de pelos de camelo e um cinto de couro à volta da cintura, alimentava-se de gafanhotos e apresentava o primo, Jesus, dizendo: “depois de mim virá alguém mais forte do que eu”.

A sua missão era batizar em água, pregar um batismo de arrependimento dos pecados, e todos os que se colocavam em atitude de arrependimento iam ter com ele para ser batizados.

Tem plena consciência da sua identidade, da sua missão, do lugar que é chamado a ocupar e vive a partir da sua verdade, com o máximo de coerência. Distingue perfeitamente o batismo de água do batismo em Espírito. Um limpa a pessoa dos pecados, o outro salva-a, dá-lhe identidade integridade e inteireza.

2º ponto – A consciência que Paula tem de si e da missão que Deus lhe confia

Paula acredita que o que vai nascendo dentro de si, como desejo de entrega a Deus, vem d’Ele. “Aproximando-se enfim o momento de se reunirem em comunidade, algumas das suas companheiras começaram a afrouxar e, pouco e pouco, com um pretexto ou com outro, se foram retirando. O Padre Frassinetti, perante a situação, declarou à irmã que já não queria prosseguir, e por isso deixasse livres todas aquelas jovens. Paula entristeceu-se com tão inesperada decisão, mas nem por isso perdeu a coragem; antes, cheia de fé e abandono nos braços da Divina Providência, com expressão de dolorosa surpresa respondeu ao irmão: «Mas como?! Depois que nos meteste na dança, abandonas-nos?… Pois bem, se tu te retiras, eu sinto-me com coragem para avançar sozinha. Deixa-me a mim trabalhar, que com o auxílio de Deus espero chegar a bom termo». «Faz como julgares melhor» – respondeu o irmão. E Paula, sem perder tempo, chamou a Mariana Danero e encarregou-a de levar à Casa Paroquial as companheiras que pareciam mais firmes na vocação, dizendo-lhes que ela tinha algo importante a comunicar-lhes”. (Memórias, pp 19-20)

Mais tarde dizia por carta a seu irmão José: “ Se te lembras, quando começámos o Instituto não tínhamos certamente a intenção de fazer uma coisa grande, mas apenas realizar a santíssima vontade de Deus; portanto, como quer que vá, para nós vai muito bem, desde que se cumpra a sua adorável vontade.” (carta 79, 1851)

3º ponto – Como me situo diante de mim, de Deus, da vida

Procuro ver a vida que me habita e tomar consciência de que sou habitado por Deus. Ele chamou-me à vida, chamou-me pelo nome. Conta comigo: para ser imagem do Seu amor, para viver comigo uma relação de intimidade e confiança, para entregar a minha vida como Dom e como Missão.

Procuro sentir o Seu olhar sobre mim e reconhecer a História de Salvação que foi fazendo comigo ao longo dos meus anos.

  • Tenho consciência da minha identidade de cristã/o e vivo, no quotidiano, de acordo com ela?
  • Que desejos de entrega me habitam e que desafios emergem em mim com o testemunho de Paula?
  • A minha fé ilumina os meus momentos de dificuldade e é um trampolim para os ultrapassar, a exemplo de Paula?
  • Fazer a vontade de Deus, que mobilizou Paula, também tem impacto em mim, na maneira como vivo a minha vida de cristã/o?

Abençoe-nos o Pai com a Sua Omnipotência,
Abençoe-nos o Filho com a sua Sabedoria,
Abençoe-nos o Espírito Santo com a Caridade.